Associações de deficientes visuais criticaram a nota de 200 reais lançada nesta quarta-feira (2), pelo Banco Central, por ter o mesmo tamanho das cédulas de 20 reais, o que dificulta a sua identificação. Em entrevista para o Jornal Estadão, Alberto Pereira, presidente da ONCB (Organização Nacional de Cegos do Brasil) diz que “ abandonar um dos sinais sensoriais é um retrocesso. A diferenciação da nota por suas dimensões e pelas marcas táteis são recursos complementares, e o lançamento da cédula sem tamanho diferenciado reduz a autonomia de quem tem deficiência visual. ” Desde 2010 a segunda família do real foi implantada no Brasil com cédulas de tamanhos diferentes para auxiliar a diferenciação, isso contribuiu para que as notas pudessem ser identificadas com mais facilidade por parte dos deficientes visuais. O Banco Central admite que não teria maquinário para fazer as notas de 200 reais maiores do que as de 100 reais, e que não havia tempo hábil para adaptar o parque fabril.  Além disso, informa que inseriu barras táteis diferentes das demais, criando um código de três linhas na diagonal, em alto relevo, no canto direito da nota. Mas para a ONCB são marcações quase que imperceptível, e que todas as decisões que envolvam a circulação de moeda devem estar em conformidade com os padrões existentes de acessibilidade e inclusão.